No #VocêSabia de hoje falaremos sobre a montanha-russa mais cara do mundo já construída em um parque de diversões, é a Expedition Everest que fica no Disney Animal Kingdom em Orlando nos Estados Unidos.
Você pode assistir essa matéria em vídeo, em nosso canal no youtube, que é a maneira mais completa de entender todas as curiosidades em torno da atração ou se preferir pode conferir no texto abaixo, ambas possuem o mesmo conteúdo:
Trajetória:
A Expedition Everest é a montanha-russa mais icônica da Disney em Orlando e sem dúvidas uma das mais incríveis entre todos os resorts da Disney no mundo, é uma atração única e dificilmente encontrará algo parecido nessa escala em outro local.
Toda a história da atração começa nos anos 2000, quando a Disney decide realizar um grande investimento no Animal Kingdom para atrair mais visitantes para o parque, que havia sido aberto em 1998.
Quando a Disney bateu o martelo sobre qual seria o tema, baseado nas lendas do Himalaia e a reprodução de uma réplica no parque, a Disney enviou diversos imaginners para a região das montanhas onde realizaram diversos estudos para conseguirem fazer a temática e a história da maneira mais fiel possível. A partir daí que começaram a elaborar todo o projeto e como exatamente ficaria a novidade.
Durante as comemorações do quinto aniversário do Animal Kingdom, em abril de 2003, ela foi confirmada como a grande novidade do parque para 2006 e foi a partir dai que todos começaram a assistir as obras da Expedition Everest.
Esse projeto era tão grande e complexo, que foram necessários 3 anos para realizar toda a pesquisa e elaboração da atração e mais 3 de construção para que ficasse totalmente pronta. Então no total a Disney gastou 6 anos para elaborar e construir essa grande atração. A montanha-russa foi aberta oficialmente ao público no mês de abril de 2006.
Para vocês terem noção da magnitude dessa atração, ela é considerada até hoje, mesmo depois de 12 anos, a montanha-russa mais cara entre todas já construídas ao redor do mundo! Mesmo com as zilhões de coasters que surgiram durante esses 12 anos.
A Disney desembolsou a “pequena” quantia de 100 milhões de dólares para construir toda a atração e em 2011 o Guiness Book reconheceu essa grande marca, que até hoje permanece a mesma.
Temática e História:
A Expedition Everest possuí uma história super bem feita e muito imersiva. Tudo começa na fila da atração, quando os visitantes passam por várias instalações de uma antiga vila chamada de Serka Zong, que fica no reino fictício de Anandapur, aos pés do Himalaia ao norte da Índia.
Essa vila antigamente era utilizada pela empresa de chás Royal Anandapur, mas foi comprada pela companhia de expedições Himalayan Escapes Tour e a “Expedition Everest” era um dos trajetos oferecidos por essa empresa.
A fila da atração se passa dentro dessa vila e instalações da empresa, que possuem várias referências as expedições e também aos antigos templos que foram construídos pelas pessoas que vivem naquele vilarejo. Os empreendedores por trás dos passeios pelo Himalaia se chamam Norbu e Bob, eles reformaram uma antiga linha de trens que era utilizada para realizar os transporte do chá entre as montanhas. Ela havia sido desativada por acontecerem diversos acidentes misteriosos, alguns inclusive colocavam a culpa no misterioso Yet. Mas agora funciona para a expedição através dos Himalaias para chegar ao acampamento base.
Entretanto essa linha utiliza um atalho que acaba passando pelo meio da montanha proibida que é protegida pelo famoso Yeti. A cultura local dizia que essa criatura é um tremendo protetor dessa região das montanhas e não permite que os seres humanos cheguem próximo a elas.
As referências ao Yeti são vistas por toda a fila, inclusive com avisos de que a companhia de expedições não se responsabiliza sobre o que pode acontecer durante o trajeto. Existe até um pequeno museu que mostra o suposto Yeti e suas aparições ao longo dos anos, inclusive citando que uma expedição tentou passar pelas montanhas proibidas em 1982 mas nunca chegou ao seu destino final.
Em seguida os visitantes embarcam nos trens da montanha-russa e a aventura começa ao longo dos Himalaias, passando pela montanha proibida e finalmente chegando ao monte everest.
Uma curiosidade que poucos sabem, a grande montanha vista na temática da atração na verdade não é a representação do Monte Everest, mas sim a montanha proibida, fictícia, que na história da montanha-russa pertence ao Himalaia. O famoso Monte Everest está representado na tematização mas ele fica do lado direito bem ao fundo, passando exatamente a ideia vista na história, que os trens passam por um atalho no meio da montanha proibida para chegar ao monte Everest. E para passar a ideia de distância a Disney se utiliza da técnica de perspectiva para dar a impressão de que o caminho até destino é bem longo.
Tecnologia:
Primeiramente temos de dizer, a Disney é uma grande cliente da Vekoma e a Expedition Everest não é diferente e também foi fabricada pela mesma empresa. Você não sentirá os famosos desconfortos nas Vekomas da Disney, isso deve ocorrer pois a empresa pode exigir que a fabricante faça montanhas-russas confortáveis e agradáveis para seus clientes. A Everest é uma das montanhas mais suaves que você vai encontrar no Walt Disney World Resort.
A atração possuí 34.10 metros de altura, sua maior queda com 24.4 metros de altura, 1348 metros de extensão, alcança uma velocidade de 80.5 km/h e tem cerca de 2m50s de duração.
Vale citar que ela é considerada a atração mais alta do resort da Disney em Orlando, mas isso vale para o tamanho da montanha, que atinge uma altura máxima de 60,96 metros. Se fosse considerar a altura do equipamento em si, ela não alcançaria essa marca.
Ela tem capacidade de operar com 5 trens simultaneamente, cada um com capacidade para 34 pessoas. Se todos eles estiverem operando, por hora ela pode atender 2050 pessoas, que é uma capacidade extremamente alta quando comparada a outras montanhas-russas ao redor do mundo. Para o embarque e desembarque, existem duas estações independentes, uma embarca as pessoas enquanto a outra desembarca, acelerando e muito esse processo.
A Everest foi a primeira montanha russa no mundo da Vekoma a utilizar seu novo sistema de trilhos em uma montanha-russa de grande porte da empresa. Ele era visto apenas em montanhas-russas de pequeno porte até o lançamento da Everest.
A diferença é que os trilhos das montanhas-russas de grande porte da Vekoma possuem seus raios posicionados no exterior dos trilhos, já na Everest e várias montanhas-russas que vieram depois dela, fabricadas pela empresa, possuem seus raios na parte interna dos trilhos.
Outro sistema que na época era bastante inovador, é a capacidade do trem da atração inverter a sua maneira de andar pelo trajeto, inicialmente ela faz todo o seu percurso andando para frente, mas em uma parte do passeio, ela inverte seu movimento com uma mudança em seu trilho, fazendo continuar o passeio de costas e em seguida, voltar a andar frontalmente.
Uma curiosidade muito interessante a respeito do YETI e também um pouco polêmica.
Em praticamente qualquer vídeo da Everest ou se você tiver a oportunidade de ir na montanha-russa, pode reparar que o gigantesco YETI não se mexe, ele fica estático, o que dá ideia de movimento na realidade é o efeito de luz. A Disney opera o animatronico dessa maneira desde 2007, mais conhecido como modo B.
A Disney nunca citou exatamente o motivo do porque eles operam o boneco somente nesse modo. Mas existem diversos rumores, como tudo na internet.
Antes de mais nada, todos precisam saber que o YETI fica localizado em uma espécie de torre de 14 metros de altura, ou seja, é independente da estrutura da montanha e da montanha-russa.
O primeiro suposto problema é que devido ao movimento e peso do boneco, ele estaria prejudicando a estrutura da torre onde fica localizado, assim correndo o risco de rachar e acabar acontecendo algo pior com a estrutura da montanha em si, da própria torre e até com o YETI.
Outros citam que existe um problema na estrutura da torre, com o boneco se movimentando, ela só pioraria ao longo dos meses, correndo o risco de acontecer algo pior. E o último cita que é um defeito no próprio boneco e a Disney não consegue arrumar.
Em 2013 durante o evento da Disney em Orlando, a D23, Joe Rohde, o imaginner responsável por elaborar toda a Everest foi questionado sobre o YETI e o porque de não se movimentar mais. Ele explica que o equipamento é extremamente complexo e fica posicionado em cima de uma “torre” de 14 metros, no meio de um edifício já finalizado. Então por isso é extremamente difícil de de arruma-lo, pois não tem como retira-lo de lá, realizar o conserto e coloca-lo de volta. Mas disse que a Disney continua trabalhando e um dia vão fazer o boneco funcionar no “Modo A.
Sem dúvidas seria muito mais incrível o YETI funcionando da maneira que foi concebido, duvidamos que um dia a Disney irá concertar o personagem. Afinal já fazem 11 anos que ele funciona e a empresa considera que o MODO B é satisfatório para os visitantes.
Agora vamos falar sobre o YETI em si, funcionando ou não, ele é um elemento incrível da Everest. Ele possuí 7.6 metros de altura, sua pele mede cerca de 93 metros quadrado e é encaixada no boneco por 250 zipers e 1000 pressionadores. Quando está funcionando no modo A, 19 pistões são responsáveis por dar toda a movimentação ao boneco.
Na época da inauguração, ele era o animtronico mais complexo já criado pela Disney, mas é claro que hoje em dia ele já deixou essa posição faz um tempo.
Curiosidades:
- Somente a montanha da Everest precisou de 1800 toneladas de aço para construir a sua estrutura e 2000 galões de tinta para que fosse totalmente pintada.
- Se você acha que a montanha é o maior elemento da montanha-russa está enganado, toda a atração tem um tamanho de 25.000 metros quadrados, já a montanha possui somente 4000 metros quadrados.
- Os trackswitchers, que mudam o trilho da montanha-russa para o trem andar de costas, pesam cerca de 1000 toneladas e demoram cerca de 6 segundos para mudar os trilhos e liberar o trem.
- Os imaginners compraram cerca de 8000 produtos diretamente da região do Himalaia para colocar na atração e assim passar uma maior imersão aos visitantes da atração.
- Por causa do modo B do Yeti, os fãs da montanha-russa deram um nome carinhoso pra ele, Disco Yeti, por causa do estrobo que dá a impressão de movimento.
Em nosso último #Você Sabia falamos sobre a extinta montanha-russa Dragon Challenge do Island of Adventure, se você quer saber mais sobre o porque delas terem sido fechadas e destruídas, é só clicar aqui.
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