Um dos maiores desafios da industria de parques no Brasil é a compra de novos equipamentos, pois as taxas de importação são altíssimas, o que acabam encarecendo e muito o processo.
Por isso em alguns períodos, vemos algumas janelas de isenção de importação para equipamentos de parques sendo abertas, em sua maioria para parques aquáticos, como no caso do Wet’n Wild que trouxe o Vortex e o Beach Park com o Vaikuntudo, além de outros parques que aproveitaram essa abertura.
Essas taxas de importação são impostas pois equipamentos de parques são considerados bens de consumo e não bens de capital, que geram renda, dinheiro e emprego para o país. Por isso atualmente está acontecendo a tentativa de mudar esse entendimento para esse tipo de produto, assim zerando os impostos 100% para qualquer importação que os nossos parques realizassem.
Mas enquanto essa mudança não ocorre, o setor tenta conseguir novas janelas de importação, ou seja, temporariamente os parques poderiam importar novas atrações sem o pagamento altíssimo de impostos. Mas ao passar essa janela, elas seriam fechadas, até que sejam abertas em outro período com novos pedidos.
Esses documentos estão sendo recebidos pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que já totalizam 21 pedidos de compras de equipamentos para a indústria de parques temáticos, realizando na última quarta-feira (17). Todos eles aproveitam o enquadramento dos bens como ex-tarifários. Pelo regime ex-tarifário, bens de capital, de informática e telecomunicação têm redução temporária da alíquota do Imposto de Importação para zero quando não há produção nacional equivalente.
Coordenados pelo ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, os representantes do setor argumentaram que não há produção de equipamentos similares na indústria nacional e o segmento depende da renovação constantes de atrações. Os pedidos serão analisados pelo Grupo Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex). Os pedidos protocolados no MDIC representam investimentos de cerca de R$ 15 milhões, na estimativa do presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci. “Estamos tratando de um setor que precisa renovar suas atrações constantemente e tem alta tecnologia embarcada”, comentou.
Beneficiado pelo ex-tarifário, o setor de parques importou sete equipamentos num investimento total de R$ 42 milhões e uma geração de quatro mil empregos em 2018. “É uma satisfação receber todas essas solicitações de investimento”, disse o ministro Marco Jorge ao receber cópia dos pedidos protocolados no MDIC, em Brasília. “O que for de competência do Ministério para estimular o setor turístico, nós estudaremos e avaliaremos. Temos toda disposição para continuar avançando e permitir investimentos e a geração de empregos no Brasil”, afirmou.
A chegada dos novos equipamentos gerará mais de 600 novos empregos nos parques temáticos. “Os equipamentos dos parques são tratados como bens de consumo e isso encarece muito a compra de novas atrações”, explicou o ministro Lummertz. “Agora, com o enquadramento desses bens na categoria de ex-tarifário, os investimentos estão voltando. Temos muito o que comemorar”, disse. Na avaliação do ministro, o volume de pedidos e o montante projetado de investimentos mostra o otimismo e o vigor do setor.
Com essa facilitação na abertura de novas janelas de importação, o setor consegue se modernizar e trazer novas atrações, por isso é tão importante que em breve ocorra a isenção total dessas taxas altíssimas que atualmente travam o setor. Com isso mais empregos são gerados, mais movimentação no parque e claro, ajuda a aquecer a economia de nosso país.
É claro que por enquanto não temos nada confirmado do que virá em um futuro próximo, mas sem dúvidas podemos esperar uma grande quantidade de novas atrações entrando em nosso país, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte.
Fonte: Mercado e Eventos